Travel through the Brazilian Amazon

[in English]
Travel through the Brazilian Amazon by Marco Sena (@marco_sena)

Generalities:
Responding to the invitation of our colleague, Dr. Peter Zani, I am going to write a series of notes about some trips I have made through the Brazilian Amazon over the last 15 years. In this decade and a half of travel, I had the opportunity to work on ten different rivers, roughly understanding the limits of the Amazon in Brazilian territory; I collected from the Araguaia, Xingu, Madeira, Purus, Içá, Solimões, Negro, Branco, Amazonas and Trombetas rivers.

My objective is quite simple: to give an overview of the general conditions of the herpetofauna of each river (richness and abundance), related to the type of river and vegetation.

Rivers in the Brazilian Amazon are classified by the color of the water, which reflects the amount of organic matter, and roughly speaking, they can be classified into three types: black, white or clear water. For more details, I suggest the Portal Amazônia website (link here).

Blackwater rivers gain this color due to the large amount of humic and fulvic acids, running in sandy soils and being poor in nutrients. This poverty is reflected in lower productivity, which is reflected in fewer mosquitoes (believe me, a huge blessing!), but in general also in lower abundance and diversity (by Amazonian standards, of course). The best-known blackwater rivers in Brazil are the Rio Negro, the Jutaí, the Tefé and the Coari.

White water rivers are muddy, very rich in nutrients and are generally tributaries of rivers that descend through the Andes, where they collect all the nutrient-rich sediments. In this case, this wealth will also be reflected in enormous productivity, which will provide an unforgettable experience with the astronomical quantity of all types of mosquitoes and horseflies imaginable. Fortunately, as compensation, there is a gigantic abundance and richness of species (even by Amazonian standards). The best-known white water rivers are the Solimões, Juruá, Purus and Madeira rivers.

The clear waters are greenish to transparent, with low amounts of sediment and dissolved solids. Part of them originates in the Guiana Shields (to the north) and another in the Brazilian Central Plateau, both very ancient rock formations, which run in a more regular plane and with a small amount of organic matter, which makes their waters very clean. These are the most beautiful rivers in the Brazilian Amazon, and in the dry season they expose immense white sand beaches, used for spawning by Amazonian aquatic chelonians, such as turtles of the genus Podocnemis. Although it does not have the exuberant productivity of whitewater rivers, there is still more abundance and richness than blackwater rivers. The best-known rivers with clear waters are the Trombetas rivers (which flows through the Guiana Shield) and, coming from the Central Plateau, the Tapajós, Xingu and Araguaia rivers.

I: Araguaia River
The Araguaia River, one of the clear water rivers, constitutes the easternmost limit of the Amazon, being on the limit between two large biomes: the Amazon Forest and the Cerrado. In this position, it is natural to find elements from both biomes, sometimes sympatrically. In a gallery forest, a few meters from each other, I found a tamaquaré (the lizard Uranoscodon superciliosus) and a rattlesnake (the snake Crotalus durissus). In this limit, it is also possible to find species typically from Brazilian savannahs, such as the lizards Gymnodactylus and Phyllopezus in enclaves of stony savannahs in the middle of the forest in the state of Pará.

It is a very interesting region from the point of view of lizard fauna composition, as it has the typical Amazonian forms of the eastern Amazon, with the addition of many forms from the Brazilian Cerrado. Scenically speaking, it is one of the most beautiful rivers, with the dry season allowing wonderful white sand beaches to appear in the lower reaches of the river.
.
.
.
[em português]
Viagens pela Amazônia brasileira por Marco Sena (@marco_sena)
Generalidades:
Atendendo ao convite de nosso colega, Dr. Peter Zani, vou escrever uma série de notas acerca de algumas viagens que tenho feito pela Amazônia brasileira ao longo dos últimos 15 anos. Nesta década e meia de viagens, tive oportunidade de trabalhar em dez rios diferentes, conhecendo grosso modo os limites da Amazônia no território brasileiro; coletei nos rios Araguaia, Xingu, Madeira, Purus, Içá, Solimões, Negro, Branco, Amazonas e Trombetas.

Meu objetivo é bastante simples: dar uma visão geral das condições gerais da herpetofauna de cada rio (riqueza e abundância), relacionadas ao tipo de rio e vegetação.

Os rios na Amazônia brasileira são classificados pela cor da água, que reflete a quantidade de matéria orgânica, e grosso modo, podem ser classificadas em três tipos: águas negras, brancas ou claras. Para maiores detalhes, sugiro o site do Portal Amazônia (link aqui).

Os rios de águas negras ganham esta cor em função da grande quantidade de ácidos húmicos e fúlvicos, correndo em solos arenosos e sendo pobres em nutrientes. Esta pobreza se reflete em uma menor produtividade, o que se reflete desde o menor quantidade de mosquitos (acreditem, uma benção sem tamanho!), mas de modo geral também em uma menor abundância e diversidade (para os padrões amazônicos, claro). Os mais conhecidos rios de águas negras no Brasil são o rio Negro, o Jutaí, o Tefé e o Coari.

Os rios de águas brancas são barrentas, muito ricas em nutrientes e de modo geral são tributários de rios que descem pelos Andes sendo de lá que vão recolhendo todos os sedimentos ricos em nutrientes. Neste caso, esta riqueza também vai refletir numa enorme produtividade, que vai proporcionar uma experiência inesquecível com a quantidade astronômica de todos os tipos de mosquitos e mutucas imagináveis. Felizmente, como compensação, há uma abundância e riqueza de espécies gigantesca (mesmo para os padrões amazônicos). Os mais conhecidos rios de águas brancas são os rios Solimões, Juruá, Purus e Madeira.

As águas claras apresentam tons entre esverdeados e transparentes, possuindo baixas quantidades de sedimentos e sólidos dissolvidos. Uma parte deles nasce nos Escudos das Guianas (ao norte) e outro no Planalto Central brasileiro, ambas formações rochosas antiquíssimas, que correm num plano mais regular e com pouca quantidade de matéria orgânica, o que torna suas águas muito limpas. São os rios mais belos da Amazônia brasileira, e na estação seca expõe imensas praias de areia branca, utilizadas para desova dos quelônios aquáticos amazônicos, como as tartarugas do gênero Podocnemis. Embora não possua a exuberante produtividade dos rios de água branca, ainda se observa mais abundância e riqueza que os rios de águas negras. Os mais conhecidos rios de águas claras são os rios Trombetas (que desce pelo Escudo das Guianas) e vindo do Planalto Central os rios Tapajós, Xingu e Araguaia.

I: Rio Araguaia
O rio Araguaia, um dos rios de águas claras, constitue o limite mais oriental da Amazônia, estando no limite entre dois grandes biomas: a Floresta Amazônica e o Cerrado. Nesta posição, é natural encontrar elementos dos dois biomas às vezes simpatricamente. Em uma mata de galeria, poucos metros um do outro, encontrei um tamaquaré (o lagarto Uranoscodon superciliosus) e uma cascavel (a serpente Crotalus durissus). Neste limite, também é possível encontrar espécies tipicamente dos cerrados brasileiros, como os lagartos Gymnodactylus e Phyllopezus em enclaves de cerrados pedregosos no meio da mata já no estado do Pará.

É uma região muito interessante do ponto de vista de composição da fauna de lagartos, uma vez que possui as formas amazônicas típicas da Amazônia oriental, com o acréscimo de muitas formas do Cerrado brasileiro. Paisagisticamente, é um dos rios mais bonitos, com a estação seca possibilitando o aparecimento, na baixa do rio, maravilhosas praias de areia branca.
.
.
.
[en español]
Viajes por la Amazonía brasileña por Marco Sena (@marco_sena)

Generalidades:
Respondiendo a la invitación de nuestro colega, el Dr. Peter Zani, voy a escribir una serie de notas sobre algunos viajes que he realizado por la Amazonía brasileña durante los últimos 15 años. En esta década y media de viaje, tuve la oportunidad de trabajar en diez ríos diferentes, entendiendo a grandes rasgos los límites del Amazonas en territorio brasileño; Coleccioné de los ríos Araguaia, Xingu, Madeira, Purus, Içá, Solimões, Negro, Branco, Amazonas y Trombetas.

Mi objetivo es bastante simple: dar una visión general de las condiciones generales de la herpetofauna de cada río (riqueza y abundancia), en relación con el tipo de río y vegetación.

Los ríos de la Amazonia brasileña se clasifican por el color del agua, que refleja la cantidad de materia orgánica, y a grandes rasgos se pueden clasificar en tres tipos: agua negra, blanca o clara. Para más detalles, sugiero el sitio web del Portal Amazônia (enlace aquí).

Los ríos de aguas negras adquieren este color debido a la gran cantidad de ácidos húmicos y fúlvicos, discurren por suelos arenosos y son pobres en nutrientes. Esta pobreza se refleja en una menor productividad, que se refleja en menos mosquitos (créanme, ¡una gran bendición!), pero en general también en una menor abundancia y diversidad (para los estándares amazónicos, por supuesto). Los ríos de aguas negras más conocidos de Brasil son el Río Negro, el Jutaí, el Tefé y el Coari.

Los ríos de aguas blancas son fangosos, muy ricos en nutrientes y generalmente son afluentes de ríos que descienden por los Andes, donde recogen todos los sedimentos ricos en nutrientes. En este caso, esa riqueza también se reflejará en una enorme productividad, que proporcionará una experiencia inolvidable con la cantidad astronómica de todo tipo de mosquitos y tábanos imaginables. Afortunadamente, como compensación, existe una gigantesca abundancia y riqueza de especies (incluso para los estándares amazónicos). Los ríos de aguas bravas más conocidos son los ríos Solimões, Juruá, Purus y Madeira.

Las aguas claras son de color verdoso a transparente, con bajas cantidades de sedimentos y sólidos disueltos. Una parte de ellas tiene su origen en los Escudos Guayanos (al norte) y otra en la Meseta Central Brasileña, ambas formaciones rocosas muy antiguas, que discurren en un plano más regular y con poca cantidad de materia orgánica, lo que hace que sus aguas sean muy limpias. Estos son los ríos más bellos de la Amazonía brasileña y, en la estación seca, dejan al descubierto inmensas playas de arena blanca, utilizadas para el desove de los quelonios acuáticos amazónicos, como las tortugas del género Podocnemis. Aunque no tiene la exuberante productividad de los ríos de aguas blancas, todavía hay más abundancia y riqueza que los ríos de aguas negras. Los ríos de aguas claras más conocidos son el río Trombetas (que atraviesa el Escudo Guayanés) y, provenientes de la Meseta Central, los ríos Tapajós, Xingu y Araguaia.

I: Río Araguaia
El río Araguaia, uno de los ríos de aguas claras, constituye el límite más oriental de la Amazonia, estando en el límite entre dos grandes biomas: la Selva Amazónica y el Cerrado. En esta posición es natural encontrar elementos de ambos biomas, a veces de forma simpátrica. En un bosque de galería, a pocos metros de distancia, encontré un tamaquaré (la lagartija Uranoscodon superciliosus) y una serpiente cascabel (la serpiente Crotalus durissus). En este límite también es posible encontrar especies típicas de las sabanas brasileñas, como los lagartos Gymnodactylus y Phyllopezus en enclaves de sabanas pedregosas en medio del bosque en el estado de Pará.

Es una región muy interesante desde el punto de vista de la composición de la fauna de lagartos, ya que tiene las formas amazónicas típicas de la Amazonía oriental, con la adición de muchas formas del Cerrado brasileño. Desde el punto de vista paisajístico, es uno de los ríos más bellos, y la estación seca permite que aparezcan maravillosas playas de arena blanca en el curso bajo del río.
.
.
.
[en français]
Voyages à travers l'Amazonie brésilienne par Marco Sena (@marco_sena)

Généralités :
Répondant à l'invitation de notre collègue Dr Peter Zani, je vais écrire une série de notes sur certains voyages que j'ai effectués à travers l'Amazonie brésilienne au cours des 15 dernières années. Au cours de cette décennie et demie de voyage, j'ai eu l'occasion de travailler sur dix fleuves différents, comprenant grossièrement les limites de l'Amazonie sur le territoire brésilien ; J'ai collecté des rivières Araguaia, Xingu, Madeira, Purus, Içá, Solimões, Negro, Branco, Amazonas et Trombetas.

Mon objectif est assez simple : donner un aperçu des conditions générales de l'herpétofaune de chaque rivière (richesse et abondance), liées au type de rivière et de végétation.

Les rivières de l'Amazonie brésilienne sont classées selon la couleur de l'eau, qui reflète la quantité de matière organique, et grosso modo, elles peuvent être classées en trois types : eau noire, blanche ou claire. Pour plus de détails, je suggère le site Portal Amazônia (lien ici).

Les rivières Blackwater acquièrent cette couleur en raison de la grande quantité d'acides humiques et fulviques, coulant dans des sols sableux et étant pauvres en nutriments. Cette pauvreté se reflète dans une productivité moindre, qui se traduit par une diminution du nombre de moustiques (croyez-moi, une énorme bénédiction !), mais en général aussi par une abondance et une diversité moindres (selon les normes amazoniennes, bien sûr). Les rivières à eaux noires les plus connues du Brésil sont le Rio Negro, le Jutaí, le Tefé et le Coari.

Les rivières d'eau vive sont boueuses, très riches en nutriments et sont généralement des affluents de rivières qui descendent à travers les Andes, où elles collectent tous les sédiments riches en nutriments. Dans ce cas, cette richesse se traduira également par une énorme productivité, qui offrira une expérience inoubliable avec la quantité astronomique de tous les types de moustiques et de taons imaginables. Heureusement, en guise de compensation, il existe une abondance et une richesse d'espèces gigantesques (même selon les normes amazoniennes). Les rivières d'eau vive les plus connues sont les rivières Solimões, Juruá, Purus et Madeira.

Les eaux claires sont verdâtres à transparentes, avec de faibles quantités de sédiments et de solides dissous. Une partie d'entre elles proviennent du Bouclier Guyanais (au nord) et une autre du Plateau Central Brésilien, deux formations rocheuses très anciennes, qui s'étendent selon un plan plus régulier et avec une petite quantité de matière organique, ce qui rend leurs eaux très propres. Ce sont les plus belles rivières de l'Amazonie brésilienne et, pendant la saison sèche, elles exposent d'immenses plages de sable blanc, utilisées pour le frai des chéloniens aquatiques amazoniens, comme les tortues du genre Podocnemis. Bien qu'elle n'ait pas la productivité exubérante des rivières d'eau vive, elle y est quand même plus abondante et riche que les rivières d'eau noire. Les rivières aux eaux claires les plus connues sont les rivières Trombetas (qui traversent le plateau guyanais) et, venant du Plateau Central, les rivières Tapajós, Xingu et Araguaia.

I : Rivière Araguaia
La rivière Araguaia, l'une des rivières aux eaux claires, constitue la limite la plus orientale de l'Amazonie, étant à la limite entre deux grands biomes : la forêt amazonienne et le Cerrado. Dans cette position, il est naturel de retrouver des éléments issus des deux biomes, parfois sympatriquement. Dans une forêt galerie, à quelques mètres l'un de l'autre, j'ai trouvé un tamaquaré (le lézard Uranoscodon superciliosus) et un serpent à sonnette (le serpent Crotalus durissus). Dans cette limite, il est également possible de trouver des espèces typiques des savanes brésiliennes, comme les lézards Gymnodactylus et Phyllopezus dans des enclaves de savanes pierreuses au milieu de la forêt du État du Pará.

C'est une région très intéressante du point de vue de la composition de la faune des lézards, car elle présente les formes amazoniennes typiques de l'Amazonie orientale, avec l'ajout de nombreuses formes du Cerrado brésilien. D'un point de vue paysager, c'est l'une des plus belles rivières, la saison sèche permettant l'apparition de magnifiques plages de sable blanc dans le cours inférieur de la rivière.
.
.
.
[in het Nederlands]
Reist door de Braziliaanse Amazone door Marco Sena (@marco_sena)

Algemeenheden:
In reactie op de uitnodiging van onze collega, dr. Peter Zani, ga ik een reeks aantekeningen schrijven over enkele reizen die ik de afgelopen vijftien jaar door het Braziliaanse Amazonegebied heb gemaakt. Tijdens deze anderhalf jaar reizen kreeg ik de kans om aan tien verschillende rivieren te werken, waarbij ik grofweg de grenzen van de Amazone op Braziliaans grondgebied leerde kennen; Ik heb verzameld uit de rivieren Araguaia, Xingu, Madeira, Purus, Içá, Solimões, Negro, Branco, Amazonas en Trombetas.

Mijn doel is vrij eenvoudig: een overzicht geven van de algemene toestand van de herpetofauna van elke rivier (rijkdom en overvloed), gerelateerd aan het type rivier en de vegetatie.

Rivieren in het Braziliaanse Amazonegebied worden geclassificeerd op basis van de kleur van het water, die de hoeveelheid organisch materiaal weerspiegelt, en kunnen grofweg in drie typen worden ingedeeld: zwart, wit of helder water. Voor meer details raad ik de Portal Amazônia-website aan (link hier).

Zwartwaterrivieren krijgen deze kleur vanwege de grote hoeveelheid humus- en fulvinezuren, die in zandgronden stromen en arm zijn aan voedingsstoffen. Deze armoede komt tot uiting in een lagere productiviteit, wat zich uit in minder muggen (geloof me, een enorme zegen!), maar in het algemeen ook in een lagere overvloed en diversiteit (uiteraard naar maatstaven van het Amazonegebied). De bekendste zwartwaterrivieren in Brazilië zijn de Rio Negro, de Jutaí, de Tefé en de Coari.

Stroomversnellingsrivieren zijn modderig, zeer rijk aan voedingsstoffen en zijn over het algemeen zijrivieren van rivieren die door de Andes afdalen, waar ze alle voedselrijke sedimenten verzamelen. In dit geval zal deze rijkdom zich ook weerspiegelen in een enorme productiviteit, wat een onvergetelijke ervaring zal opleveren met de astronomische hoeveelheid van alle denkbare soorten muggen en dazen. Gelukkig is er ter compensatie een gigantische overvloed en rijkdom aan soorten (zelfs naar maatstaven van het Amazonegebied). De bekendste wildwaterrivieren zijn de rivieren Solimões, Juruá, Purus en Madeira.

Het heldere water is groenachtig tot transparant, met kleine hoeveelheden sediment en opgeloste vaste stoffen. Een deel ervan vindt zijn oorsprong in het Guyanaschild (in het noorden) en een ander op het Braziliaanse centrale plateau, beide zeer oude rotsformaties, die in een regelmatiger vlak lopen en een kleine hoeveelheid organisch materiaal bevatten, waardoor hun wateren erg schoon zijn. Dit zijn de mooiste rivieren in het Braziliaanse Amazonegebied, en in het droge seizoen leggen ze immense witte zandstranden bloot, die worden gebruikt voor het paaien van aquatische cheloniërs uit het Amazonegebied, zoals schildpadden van het geslacht Podocnemis. Hoewel het niet de uitbundige productiviteit van wildwaterrivieren kent, is er nog steeds meer overvloed en rijkdom dan zwartwaterrivieren. De bekendste rivieren met helder water zijn de Trombetas-rivieren (die door het Guyanaschild stromen) en, afkomstig van het centrale plateau, de Tapajós-, Xingu- en Araguaia-rivieren.

I: Araguaia-rivier
De Araguaia-rivier, een van de helderwaterrivieren, vormt de meest oostelijke grens van de Amazone en bevindt zich op de grens tussen twee grote biomen: het Amazonewoud en de Cerrado. In deze positie is het normaal om elementen uit beide biomen aan te treffen, soms sympatrisch. In een galerijbos, op enkele meters van elkaar, vond ik een tamaquaré (de hagedis Uranoscodon superciliosus) en een ratelslang (de slang Crotalus durissus). Binnen deze limiet is het ook mogelijk om soorten te vinden die typisch zijn voor Braziliaanse savannes, zoals de hagedissen Gymnodactylus en Phyllopezus in enclaves van steenachtige savannes midden in het bos in de staat Pará.

Het is een zeer interessante regio vanuit het oogpunt van de samenstelling van de hagedisfauna, omdat het de typische Amazone-vormen van het oostelijke Amazonegebied heeft, met de toevoeging van vele vormen uit de Braziliaanse Cerrado. Landschappelijk gezien is het een van de mooiste rivieren, waarbij het droge seizoen ervoor zorgt dat prachtige witte zandstranden in de benedenloop van de rivier verschijnen.

Posted on January 30, 2024 06:30 PM by petezani petezani

Comments

No comments yet.

Add a Comment

Sign In or Sign Up to add comments